Viver Consciente - Para expandir a si mesmo, é preciso ver além...

A vida, o tempo, a maturidade, as relações, as experiências, os aprendizados, as dores, as alegrias... tantos são os elementos que interferem no que somos e, aos poucos, vão moldando um “Novo Eu”, num interminável, abençoado e gratificante processo de morte e renascimento.

 

E esse “Novo Eu” vai abandonando bandeiras pelo caminho para empunhar outras que nos chegam de dentro e não mais partir daquilo que a família ensinou ou do que a sociedade impôs.

 

Já que vem de dentro, os novos valores e atributos são muito mais alinhados com a nossa Verdade Superior e, portanto, contribuem muito mais com nossa evolução do que aquilo que a família amorosamente nos deu (e honramos com imensa gratidão). Sobre a sociedade e o que recebemos dela, expresso, também, calorosa aceitação pelo que "é". A perfeição está igualmente contida naquilo que nos desafia. Portanto... 

 

Em casa, aprendi sobre a importância da matéria, não como fonte de felicidade, mas sobre as preocupações com estabilidade e ética. A sociedade de consumo aprofundou essa relação com o mundo tangível sem demonstrar nenhum respeito pelos nobres valores dos meus pais. Ser um ser social, já há várias décadas, depende de ter. Ser não importa. 

 

Mas hoje, com quase meio século trafegando por estas paragens, entre erros e acertos, sou capaz de ouvir minh’alma. E ela se ocupa de coisas imateriais (como toda alma!).

 

Por isso o meu trabalho (e a minha vida, não seria exagero dizer) é pautado pela certeza da Transcendência: há algo além do que nossas mentes limitadas são capazes de descrever em palavras. E é nesse algo indizível que eu encontro o caminho a trilhar e a força motriz de cada passada.

 

Como era mesmo a vida quando eu achava que tudo o que existia era o que meus olhos podiam ver, minha mente compreender e meu dinheiro comprar?

 

Nem me lembro... parece que foi em outra vida, outra vida bem distante, aliás. E agora, aquelas bandeiras empunhadas no início encontram-se em farrapos. E não fazem falta já que o próprio Cristo avisou “cuida do teu Espiritual e o restante te será dado por acréscimo”.

 

Então, é citando o Mestre dos Mestres, que sustento esta argumentação: a Transcendência, com toda a sua grandiosa impermanência, é a única verdade. Uma verdade que se impõe, também e especialmente, sobre a matéria.

 

Com ela, os recursos da fé inabalável na vida e do amor incondicional por Toda a Criação ganham espaço dentro de nós.

 

A absoluta certeza da total e irrestrita incerteza sobre o mundo que nos envolve (e do qual somos fruto) é a medida da humildade e do empenho em sempre buscar por mais de nós mesmos, mais do Universo, mais da Verdade.

 

Ter a Transcendência como valor principal significa viver a liberdade de não saber, a isenção de convicções de qualquer natureza.

 

Somos livres para fazer essa escolha entre nos arvorar em firmezas ou aceitarmos o convívio pacifico com a dúvida. Disso decorre, também, a capacidade de respeitar o Livre Arbítrio alheio, caso o outro escolha vestir a armadura da confiança em suas teorias e crenças.  

 

Neste site, nesta Escola, nas minhas aulas, no meu trabalho e na minha vida, vigora a Transcendência compreendida como uma gritante, perturbadora e avassaladora verdade: não sabemos a verdade! Sempre há algo além... do que eu sei, do que você sabe, do que eu enxergo, do que você vê pelo seu ângulo. Sempre há algo além do que entendemos seja a VIDA!

 

Com amor, humildade, consciência das minhas limitações e imenso respeito pelas suas, convido você a caminharmos juntos, abraçados à dúvida que é terreno fértil para o nosso crescimento, para a expansão da nossa consciência e para alargar nossas passadas na direção do Todo.  

 

Um fraterno abraço,

LP

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